Artistas evangélicos vendem obras "alheias" com com direitos protegidos

Os artistas evangélicos “ainda” não têm a cultura de registar as suas obras porque “não perceberam as vantagens” e é frequente ver artistas a regravarem obras com direitos protegidos e a venderem “com a maior naturalidade”, denunciou o Delegado Provincial da Asso-Música em Luanda.

Luís Capoco delegado provincial de Asso-Música em Luanda.
Luís Capoco delegado provincial de Asso-Música em Luanda.

“O direito intelectual é algo que não é transmissível. Eu posso até te ceder uma obra, mas não te cedi o direito da obra”, explicou Luís Capoco, em entrevista ao portal Arautos da Fé.
Segundo o dirigente associativo, os músicos “antigos não sabiam e os músicos que se encontram no auge da carreira não se importam em cadastrar as suas obras”.
Há músicos, apontou, ouvem um hino na igreja e querem colocar nos seus discos “sem procurar saber a fonte”. “É perigoso, está a acontecer no nosso mercado, por esta razão é que brevemente a associação vai se pronunciar quanto aos direitos autorais e conexos.”
O músico David Elonga, exemplificou o delegado, é uma das vitimas “deste tipo de práticas”. “Ele tem muitas músicas, faz sucesso há muitos anos e a nova geração nem sequer tem ideia de quem cantou a música, recanta não reconhecem a autoria, vendem discos, enfim” lamentou. “Não podemos continuar desta forma. Há muitos litígios.” Apelou.
A Asso-Música, garantiu, está atenta e nos próximos tempos vai trabalhar num programa de formação e sensibilização.

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