O Papa Francisco considerou, hoje, que a deportação em massa de migrantes pela administração norte-americana de Donald Trump constitui “um atentado à dignidade” e que “vai terminar mal”.
Numa carta enviada aos bispos dos Estados Unidos, o Papa Francisco alerta que o programa de deportação forçado de pessoas apenas por causa do estatuto ilegal das pessoas as priva da dignidade.
Segundo a Lusa, a carta do Sumo Pontífice vem ao encontro dos bispos norte-americanos que já tinham criticado as expulsões por prejudicarem os mais vulneráveis.
O primeiro Papa latino-americano da história há muito que fez da assistência aos migrantes uma prioridade do pontificado, apelando para que os países acolham, protejam, promovam e integrem os que fogem dos conflitos, da pobreza e das catástrofes climáticas.
O líder religioso também afirmou que se espera que os governos o façam até ao limite das capacidades.
Na missiva, Jorge Bergoglio afirma, igualmente, que as nações têm o direito de se defender e de manter as comunidades a salvo dos criminosos.
Citando as histórias bíblicas de migração, o povo de Israel, o Livro do Êxodo e a própria experiência de Jesus Cristo enfatizou o direito das pessoas a procurar abrigo e segurança em outras terras e disse estar preocupado com o que está a acontecer nos Estados Unidos.
Na semana passada, a assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que mais de oito mil pessoas tinham sido presas em acções de aplicação da lei da imigração desde que Trump tomou posse em 20 de Janeiro, refere a mesma fonte.
Fonte: JA
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