"Se para prestar culto tenho de pagar, não percebo o que está a acontecer"

Nem tudo vai bem no movimento gospel, mas existe uma expectativa de que “as coisas” venham a melhorar.

Evangelista Alfredo Serafim.
Evangelista Alfredo Serafim.

Para tal, alguns passos têm sido dados, com realce para a inauguração do escritório da Associação dos Músicos Cristãos de Angola, na última semana.
“Acredito que foi dado um passo muito importante, qualquer organização precisa de um espaço para desenvolver o seu trabalho e há muito tempo que a associação tem vindo a lutar para isso e hoje, Deus abriu a porta”, disse o Evangelista Serafim Alfredo, à reportagem do portal Arautos da Fé, a margem da cerimónia de inauguração da sede Asso-Música em Luanda.
Para este “veterano” músico gospel, há sinais animadores que fazem acreditar que este ano, a música gospel será mais valorizada.
Falando da influência do secularismo na música gospel, observou que o que diferencia o músico gospel do secular, é a Palavra e recomendou aos músicos, a serem embaixadores de Cristo. “Antes de sermos músicos ou cantores, temos de ser cristãos”, sublinhou.
A nossa fé, referiu, é que vai nos transportar e trazer as coisas que estão escondidas no coração de Deus. “Essa é a diferença.”
Se continuarmos a ouvir coisas de fora, alertou, não vamos marcar a diferença. Aos jovens, reiterou o pedido de obedecerem a Palavra Deus. “Devem estar enquadrados nas comunidades, devem fazer parte do corpo de Cristo. Onde estiverem, devem estar envolvidos com o Evangelho, pois que o Evangelho é o poder.”
Analisando os eventos de música gospel que têm sido realizados, Alfredo Serafim, disse que gostaria de ver as pessoas reunidas em torno de Cristo e a adora-Lo.
“Ainda não encaixei, que tenho de ir adorar o Senhor e tenho de pagar um ingresso. O Evangelho não se vende, dá-se. E ainda não percebemos isso.”
É um assunto, frisou, que temos que tratar com muita calma, muitos encontros e debates.
O facto de “o mundo” chamar concerto e a igreja também, pode estar na base de uma confusão que se verifica, notou.
“Qual é a diferença? O cristão não faz concerto. O cristão presta culto a Deus. Então, se para prestar culto tenho de pagar, automaticamente não percebo o que está a acontecer! Mas acredito que a partir de agora as coisas vão melhorar, vamos poder nos encontrar através da Delegação provincial de Luanda, um espaço onde estaremos juntos para nos corrigirmos.” Concluiu.

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