Igreja excluída da comunidade adventista por recusar entregar gestão de um colégio a liderança central

Igreja excluída da comunidade adventista por recusar entregar gestão de um colégio à liderança central

Fiéis Igreja Adventista de Betânia, “excluída” da irmandade das igrejas Adventistas, chamaram essa manhã a imprensa para explicar a sua versão sobre o conflito que a opõe a União Nordeste de Angola.

Fiéis Igreja Adventista de Betânia, “excluída” da irmandade das igrejas Adventistas, chamaram essa manhã a imprensa para explicar a sua versão sobre o conflito que a opõe a União Nordeste de Angola. Igreja excluída da comunidade adventista por recusar entregar gestão de um colégio a liderança central

De acordo com Costa Sabino, dirigente local, a recusa em entregar a gestão do colégio B do Advento, está na base da exclusão que não obedeceu ao que orienta o Manual da Igreja, no capítulo sobre Organização, Fusão, e Dissolução de Igrejas e Grupos.

O referido capítulo, diz que “as ocasiões para a expulsão de igrejas por motivos disciplinares são raras, porque a missão da igreja é buscar e salvar”, acrescentando que a exclusão terá lugar no caso dos membros cometerem apostasia, recusa em agir em harmonia com o Manual da Igreja, ou rebelião contra a Associação. Ainda assim, refere o manual, “os esforços devem ser feitos para evitar a necessidade de exclusão.”

“Não vemos nenhum respaldo no Manual para que a igreja deva ser excluída”, sublinhou Costa Sabino.

António Cateco, explicou a escola foi construída por membros locais sem apoio de entidades externas, com vista a produzir recursos para ajudar na construção da Igreja de Betânia e o processo de entrega da gestão da mesma à direcção geral estava a ser feito sem o conhecimento dos membros.

Apesar do interesse dos membros em manter o diálogo com a estrutura central, todas as tentativas fracassaram, informou.

O conflito já se arrasta há 2 anos e levou à prisão alguns membros de Betânia sob alegação de terem cometido crime de usurpação de imóvel e associação criminosa, segundo Martinho Cavalo.

“Foram os membros de Betânia com os seus esforços que construíram este colégio”, referiu, ao explicar o argumento que levou o procurador junto do comando municipal de polícia a soltá-los.

Com apelos reiterados para o diálogo, os membros de Betânia disseram aos jornalistas que continuarão a ser adventistas e o templo continuará a ser “um bem” da Igreja do Sétimo Dia.

Um documento em posse do portal Arautos da Fé, com a data 14 de outubro, assinado Pastor Osvaldo Domingos Vunge, Secretário Executivo da União Nordeste de Angola da Igreja Adventista do Sétimo Dia, diz que em consequência da “persistente recusa em agir em harmonia com os regulamentos da igreja, marcada pela rebelião contra as autoridades eclesiásticas devidamente constituídas, no dia 22 de Agosto do corrente ano, a IIª Assembleia Constituinte da Missão Sul de Luanda e Cabinda votou a remoção definitiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Betânia-Samba, da irmandade de igrejas adventistas do Sétimo Dia. À luz dessa decisão, a referida congregação deixa de ser uma Igreja Adventista do Sétimo Dia.”

O documento termina dizendo que “apesar desse posicionamento dos irmãos, as lideranças da Missão e União mantêm pacientemente os braços abertos para com todos os que demonstrarem arrependimento genuíno.”

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