O que leva um músico gospel a cantar em várias igrejas numa manhã de domingo?

Você já deve ter visto um músico chegar (na sua igreja) a meio do culto, cantar e sair de mansinho. Talvez você se questionou e não encontrou resposta.
Por que os músicos fazem culto em muitas igrejas
Conhecedor do assunto, o músico gospel John Canga, explicou a reportagem  do portal Arautos da Fé, que “infelizmente”, muitos músicos gospel, estão hoje, a viver em função das agendas e ao invés de prestarem culto a Deus, estão a prestar serviços as igrejas.
Se na primeira, recebe 50.000, corre logo para a outra afim de receber mais um valor. Não têm tempo de ficar nas suas igrejas e não se submetem a autoridade dos seus líderes, denunciou. 
Como resultado deste desvio, lamentou, hoje vê-se por exemplo, músicos gospel com mais de uma namorada. “Principalmente os instrumentistas”. Denunciou que alguns instrumentistas, chegam ao ponto de tocar embriagados. 
“Como é que você (músico) toca com instrumentistas que bebem? Estão embriagados, estão a tocar e você a cantar?”. Para John Canga, um artista nessa situação, apenas faz o trabalho da carne. A Bíblia, lembro, diz que Deus habita no louvor do seu povo. “Que tipo de louvor você está a oferecer para que o povo seja visitado?”, questionou. 
Outra situação, apontou, é que alguns músicos, cantam para “estimular” o seu ego e para “estimular” o lado emocional do povo. Quando o povo vibra, referiu, o músico diz que o povo foi abençoado, o que não é verdade. “Será que foi edificado? Alguém pode vibrar agora, quando chegar lá fora, se você lhe pisar (no pé) vai te dar uma chapada”.
Aos que se envaidecem com o seu talento, recordou que quer ímpio, quer cristão, têm talento. “Mas a presença do sobrenatural não. A Bíblia diz não entristeça o meu Espírito. Quando a gente peca, a presença vai, mas o talento continua.”

John Canga, músico evangélico.
John Canga, músico evangélico.

A manutenção da fé se faz com estudo frequente e submissão   

De acordo com John Canga, todo cristão, deve meditar e se consagrar sempre, para estar cheio do Espírito Santo. Os pregadores, em alguns momentos, precisam pregar a si mesmos, o que pregam a outros. 
Repudiou, que para alegrar, os corações dos ouvintes, músicos e pastores, as vezes dizem que quem ama a Jesus “põe a mão no ar” ou que quem ama a Jesus “diz glória a Deus”. Não é isso que diz Bíblia, sublinhou. “A Bíblia diz que quem ama a Jesus guarda os seus mandamentos e os pratica”. Cristianismo, exortou, é estilo de vida. “Isso é o que a Bíblia nos recomenda. Se amamos a Cristo devemos viver como Ele viveu, devemos praticar a sua Palavra.”
Sobre o excesso de actividades, John Canga, disse que se um pastor, pregador ou músico, tem uma agenda muito intensa, não vai ter tempo suficiente para meditar na Bíblia, para jejuar e para orar, o que atrapalha o seu crescimento espiritual, observou. 
Para ilustrar, disse que se uma pessoa pega numa vasilha cheia de azeite e começa a tirar o seu liquido, um dia ficará vazia. “Nós estamos a pensar que já temos uma consagração vitalícia.” por isso, apontou, “não criamos impacto, ficamos na mesmice, no habitual. Como todo mundo sabe que “Me dá só Samuel” é só chorar, todo mundo fica no “Me dá só Samuel. Devemos viver novidade a pós novidade.”
Aos músicos, recomendou estudar aspectos técnicos e ao mesmo tempo “se aprofundar” no estudo da Palavra. “Hoje em dia quando ministramos louvor já não há espírito profético, já não há cura na sala, só tem de ser um profeta que vem e tira azeite para ungir. Porquê que quando os ministros de louvor estão a ministrar já não há cura instantânea? Possivelmente os ministros não estão a se aprofundar na Palavra ou não se sentam para aprender dia a pós dia.  Hoje em dia, os nosso músicos angolanos só estão a primar pela técnica. Devemos juntar a ciência e o espírito. A arte de bem cantar é ciência. A unção é espírito.”
 

Pastores e músicos precisam de mentores

É necessário que um músico ou pastor, se submeta a autoridade de alguém com experiência de vida e maturidade espiritual, para o ajudar na sua caminhada, defendeu John Canga. 
 
 
 
 
 

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