2018 Foi “fenomenal” para a cantora Solange de Nery

A artista que falou ao portal Arautos da Fé, descreveu 2018 como “fenomenal” e afirmou que as produtoras e revistas “acordaram um bocado” e aumentou o interesse do público em querer saber o que fazem os artistas.

Solange de Nery, cantora evangélica
Solange de Nery, cantora evangélica.

“O ano passado (2017) já dizia: 2018 é o ano da aceleração. E graças a Deus aconteceu.”
Este ano foi o ano que a cantora, mais convites atendeu. “Eu digo sempre: a disponibilidade vai ditar as regras da nossa  caminhada. E se nós queremos ganhar Angola, e nós lutamos para que o mundo gospel possa entrar em todas as casas, não importa se é casa de cristão ou não, temos que estar disponíveis.”
Segundo a cantora, simplicidade é que norteia o seu ministério e as relações com a sua equipa, o esposo e outras pessoas.
Ainda na entrevista, Solange de Nery disse ser necessário o envolvimento dos Pastores para que os crentes adiram aos eventos. “E eu, sempre foquei neste assunto. Nós estamos numa guerra, numa luta de convencermos primeiro o nosso público, que é o povo que está na igreja. Porque até às pessoas que estão na igreja conhecem Deus, conhecem a Palavra, muitos deles ainda não nos aceitam. Olham para nós, cantamos na igreja, saímos, mas não nos vêem como servos assim como o Pastor fala uma palavra, como o profeta quando declara uma palavra. O nosso povo, o povo cristão angolano ainda está tímido nesse lado. A nossa luta ainda é essa.”
 
Digressão ao Brasil “uma bênção”
Solange de Nery esteve recentemente no Brasil, a participar no Congresso Mulheres de Ousadia, na cidade de Guarujá. A cantora, contou que sente-se “tão abençoada” e realçou que há “coisas que valem mais do que dinheiro”.
Ouvinte de grandes nomes da música evangélica brasileira como Cassiane, a primeira cantora que ouviu, Aline Barros Damares, contou que confessou que não tinha noção daquilo que os brasileiros precisam ouvir. “Eles têm uma outra realidade, eles louvam e adoram de uma outra maneira e nós também temos uma maneira diferente de adorar e eles, têm sede deste lado.
Quando ao Brasil, a primeira coisa lhe foi “exigida” é o vestuário típico de África. “Eu chegava nos cultos e eles diziam: nós queremos ver as vossas vestimentas. Não imaginam irmãos, eu tive de inventar, algumas pessoas que me acompanhavam nas redes sociais viram que eu tive de inventar muita coisa, eles ficavam maravilhados. Uma das coisas, eles admiram tanto a nossa maneira de ser, a nossa maneira de falar, as nossas línguas os nossos estilos e eu falo: africanos, angolanos acordem! é momento de nos olharmos e dizermos nós também temos valor.”
Nas três semana em que permaneceu na cidade de Guarujá, recebeu solicitações de Igrejas, Bispos, Pastores, o que a deixou surpresa.
Solange de Nery, destacou a unidade dos crentes daquelas paragens e a abertura para contribuírem para as actividades, mediante compra de ingressos. “Não estão a pagar para entrar na igreja, apenas é uma contribuição que fazem.”
“Fenomenal”, considerou o que viveu durante as três semanas. “Eu a cantar em línguas nacionais, imagina a minha primeira música, do meu primeiro CD “Yesu wena moio, aleluia” e a ver o povo a cantar kikongo, aquilo foi maravilhoso. Cantei também o “Yaya”, o “Yonde” e ainda expliquei que lingala é uma das línguas africanas muito faladas e obviamente que era uma maneira de mostrar  para eles que é uma língua nossa, que nós amamos e foi muito bom. Fui valorizada, o povo de São Paulo, conheceu um bocado do que os angolanos fazem. Eles disseram assim: nós precisamos dessa nova água.”
 
Brasileiros querem ver e ouvir o que vem de África
Convites para ver e ouvir a cantora angolana não faltaram, bem como não faltou ciúmes da Pastora que a convidou para participar no Congresso. “Teve tantos ciúmes, mas eu estou muito feliz e quando cheguei, as pessoas foram dizendo: Solange nós representaste bem.”
Segundo Solange, os seus anfitriões, disseram que querem apreciar algo diferente, mas os artistas quando saem de África, levam o que já se faz melhor lá.
“Antes de cantar eu disse: podem deixar comigo. E foi uma bênção. Foi uma bênção tanto em português, kikongo e em fiote. Fui cantando as nossas línguas e eles sentiram que há uma graça grande nos africanos. E nós aqui, olhamos para nós e falamos os brasileiros são bons, mas eles também nos admiram. Eles honram a pessoa, respeitam, reconhecem a graça e a unção que Deus coloca na vida de cada pessoa e sentem-se abençoados. E eu saí de lá muito abençoada por cada palavra. Numa recebi tantos beijos e abraços na minha vida, me senti muito feliz e disse: obrigado Jesus. “
 
Perspectivas para 2019
Lançamento do CD “Apenas um toque”  na páscoa e a realização de um concerto estão entre as perspectivas de Solange de Nery para 2019, com vista a atender as solicitações do público.
“Mas o público as vezes pede tanto o CD, pede  concerto e as vezes não aparece. Estamos a olhar o nosso povo e ainda estamos a chamar a atenção aos pastores: pastores estão a ver conforme nos chamam para ir nas vossas actividades, conferências e concertos, no dia das nossas actividades, também vos precisamos.”
Para a cantora, o envolvimento dos Pastores é necessário para que os eventos dos músicos tenham aderência. “Ficarei muito feliz quando vir mais de cinco ou dez Pastores na praça de Independência para adquirir o CD. Porque o povo tem medo. O Pastor não faz, então eu não faço.”

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