kamba Diame quer músicos evangélicos longe da prostituição e da mentira

Avelino Mário António João ” Kamba Diame “, músico e compositor evangélico, disse que não gostaria de ver músicos evangélicos envolvidos na prostituição e na mentira.
Durante a entrevista, que pode ser lida na integra no portal Arautos da Fé, o artista que aposta no estilo semba, afirmou que o músico gospel deve ser exemplo para a sociedade, mas para que tal aconteça, tem de ser convertido. Falou também da sua carreira e anunciou para o primeiro semestre de 2019 o lançamento da sua obra discográfica.

Kamba Diame, músico evangélico que abraçou o estilo semba.
Kamba Diame, músico evangélico que abraçou o estilo semba.

Arautos da Fé: Como é que está a sua carreira artística?
Kamba Diame: Está a correr bem na graça de Deus.
AF: O que tem feito?
KD: Este ano entramos com toda garra, com toda fé. Eu tinha prometido o maxi single ao povo de Deus, só que passou um ano e eu decidi abençoar o povo de Deus com um álbum. Neste caso, também aparece a organização Ruth e Silva patrocinando este álbum intitulado “Mbolo” e já estamos a promover as músicas “Não desista”, “Efésios 3:14”.
O Ministério está a correr da maneira possível, Deus também está colocando as suas mãos, nós temos visto.
AF: Qual a previsão para colocar este trabalho no mercado?
KD: Eu estava a falar com o senhor Afonso Silva, que é o PCA das Organizações Ruth e Silva. Estamos a prever, no mês de Abril ou Maio, abençoar o povo de Deus com este álbum. 
AF: Quantas faixas musicais?
KD: O “Mbolo” virá com 9 faixas.
AF: Que estilos?
KD: Os meus irmãos em Cristo e não só, já conhecem que o Kamba Diame canta semba. O que me caracteriza é o semba. Então, esse álbum vai trazer 70% semba e o restante soul music, kizomba e também um rock.
AF: Em termos de mensagens o que é que o Kamba Diame vai trazer neste CD?
DK: O meu foco é ganhar almas. São mais mensagens de motivação e também a mensagem da cruz. Primo mais pela motivação. Uma pessoa não motivada é uma pessoa sem sonho. Se uma pessoa tem sonho, ela tem que lutar para poder conseguir as suas metas, para poder conseguir alcançar os seus sonhos.
AF: Como é que está a divulgação do seu trabalho?
KD: Há um ano dei uma pausa porque estava a gravar as músicas que faltam no álbum. Agora estamos a promover com tanta força.
AF: A sua agenda está aberta para cantar em que tipo de actividades?
KD: Sendo músico gospel não posso dizer que está aberta para cantar em qualquer tipo de actividade. Se vocês me chamarem para cantar por exemplo, em discoteca, para músico gospel, não é aconselhável. Para casamentos, um festival, num restaurante, na igreja, em TV. Estamos abertos a tudo, menos em discotecas. 
AF: Como é que olha para a qualidade da música gospel que se faz hoje?
KD: A música gospel deu um passo muito elevado. Temos muitos músicos gospel que agora estão a primar pela qualidade, já vemos músicos gospel a irem aos Estados Unidos para gravar um CD, ao Brasil. Vejo que a praça evangélica está a dar o seu melhor. Vejo muita música com qualidade. Agora, o que nos falta muito, é espaço para promover a música gospel.
AF: Acha que o público já recebe bem a música gospel?
KD: Agora já está receber bem. O que falta é promover. O segredo está na promoção. 
AF: Em termos de objectivos, os músicos têm estado a cumprir o propósito?
KD: Para mim, todo aquele músico que canta um louvor falando de Deus, está a evangelizar.
AF: Alguns músicos reclamam a falta de união entre os artistas. Tem a mesma opinião?
KD: Estava a falar com uma cantora gospel, me disse também o mesmo. Na música gospel há ilhas. Já estou no mundo gospel há 8 anos e também tenho visto isso. 
Eu por exemplo, falo com muitos, mas tenho alguns que são da minha intimidade. Músicos gospel que vão a minha casa, passam o final de semana. Tem ilhas, não vou dizer que não existe, mas só que não pode. A Palavra fala: convém que os irmãos vivam em união. Quanto mais unidos formos, mais evangelizaremos o mundo.
AF: Fala-se também de certa desorganização, mas temos aí a Asso-Música e os músicos não participam nessa associação.
KD: As vezes é a ignorância do próprio músico. O MC4, o irmão Samuel Paulo, o Paulo Paz e o Luís Capoco também estão a trás de mim, mas… É muito importante que um músico faça parte de uma associação. Mas tudo isso tem haver com prioridades. Se você não priorizar não tem como a coisa acontecer. 
AF: Será que a Asso-Música não está a conseguir fazer bem o seu papel, por isso é que os músicos estão a vacilar um pouco?
KD: Vejo que a Asso-música tem dado o seu melhor. Isso tem mesmo haver connosco. A minha mãe me ensinou o seguinte: se o filho não quer ouvir o conselho da mãe, então vai ter de ouvir o ditado. E quando a pessoa ouve o ditado, é claro que as coisas já aconteceram ao contrário.
Quando a Asso-música entrar em acção segundo os métodos que lhe foram dados, porque a Asso-música é uma associação legalizada, para fazer sentir a lei, ali haverá preocupação. Por enquanto estamos naquela, o músico planeou o seu concerto, dá o concerto e está tudo aí. Mas quando a Asso-Música começar a pegar nos nossos pés, não terá como não fazermos parte da associação.
É muito importante fazer parte de uma associação. Eu por exemplo, faço parte da UNAC, agora, dos músicos gospel, estou a lutar também para fazer parte. Só não tenho disponibilidade, mas vamos sempre arranjar um tempo, porque são irmãos que estão sempre connosco. Aqui vai o meu conselho  a todo músico gospel: tem que se inserir na associação e neste caso na Asso-Música porque tem trabalhado bastante para o desenvolvimento da música gospel aqui em Angola.
AF: Como é que gostaria de ver a música gospel nos próximos 5 anos?
KD: Gostaria de entrar numa táxi e ouvir música gospel. Nas televisões, quando você fala eu sou fulano X, sou músico gospel e quero estar naquele programa, não haver restrição. Se eu quiser dar um concerto as pessoas aparecerem em massa como se fosse um espectáculo de um músico secular. Eu gostaria de ver isso nas ruas. Você a ir ao Jumbo, ao Alvalade e ouvir música gospel.
Estamos a orar para isso e vai acontecer. O importante é não parar de trabalhar.
AF: O que é que não gosta de ver um músico gospel a fazer e o que gostar de ver a fazer?
KD: O músico gospel deve ser exemplo. Para poder ser exemplo, esse músico tem que ser convertido. Se não for convertido não tem como ele ser ovelha. Gostaria que o músico gospel fosse um espelho diante da sociedade.
O que não gostaria de ver, é o músico na prostituição, na fornicação, na mentira. Como Paulo, fala sedes santos assim como eu sou santo. Sem santidade ninguém verá Deus. Se és músico gospel, é claro, és santo, então tem que proceder conforme Cristo faria. 
AF: Que outros sonhos tem, além da música?
KD: O meu sonho para além da música, é ser empresário.
 

Perfil

Nota: informativo ” movimento gospel ” Organização Rosa Silva aposta sério e apresenta kamdiame em 2019 saiba mais sobre o músico compositor e apresentador.
Avelino Mário António João ” kambadiame ” nasceu aos 12 de Março de 1992, no bairro Catambor, hoje distrito Urbano da Maianga, mas cresceu foi no município do Libolo, na província do Cuanza Sul, onde foi com a sua mãe Terezinha António Ngola, logo após ter completado o seu primeiro ano de vida.
Com 15 anos de idade, em 2007, regressou a província de Luanda e começou a dar os primeiros passos na música secular, formando uma dupla com Bil Gil do grupo Tujila Twajokota. Em 2008, a dupla lançou um CD intitulado “Bié gira Lembrança”.
Em 2009 começou a frequentar a Igreja Universal do Reino de Deus, onde foi baptizado. 2010 tomou a decisão de romper com o seu parceiro e abraçou  a música gospel. 

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