Pastor Almiro: Queremos marcar a diferença por que Jesus, marcou a diferença

Almiro Ferreira é Pastor co-fundador da Igreja Renascer em Cristo, que tem desenvolvido um trabalho social no bairro Fubu e tem transformado vidas. Médico, especialista osteopatia e medicina tradicional chinesa, Almiro, defende que a igreja, tem de se virar mais para os pobres, porque Jesus esteve sempre com eles. Na breve conversa que teve o Arautos da Fé, falou do surgimento da igreja e do trabalho que tem desenvolvido na comunidade onde está inserida.AF
Arautos da Fé: Pastor como surgiu a Igreja Renascer em Cristo?
Almiro Ferreira: Foi através do R12 em 2014, que um grupo de cristão começou a se reunir em casa do Pastor Enoc. Com o aumento do número de membros e tivemos de procuram um espaço maior e encontraram um galpão. A partir daí foi imparável. A parte espiritual, associou-se a parte social e hoje temos muitas crianças, adolescentes, jovens e adultos.
AF: O impacto do vosso trabalho nesta comunidade já é notável?
AF: Sim, pela graça de Deus, a comunidade já nos vê como uma igreja que não está para tirar dinheiro a eles, mas pelo contrario. Nós estamos aqui para oferecer comida, fazemos eventos, almoços em que eles também fazem parte. Esta comunidade do bairro da Fubu, é muito pobre e nós trabalhamos em prol deles. Damos apoio espiritual, mas também damos apoio social, educacional. Queremos marcar a diferença por que Jesus, marcou a diferença.
AF: Especificamente que actividades espirituais e sociais realizam?
AF: A igreja está sempre aberta, temos aqui a Pastora Márcia, que está a tempo inteiro e temos outros Pastores que vivem aqui pertinho da Igreja, eu também. Terça feira temos o R12, um estudo bíblico, muito aberto. Nós trabalhamos com muita abertura. Quarta feira, temos a reunião de senhoras. Trabalhamos muito a parte social e a parte postural da senhora no lar, perante os filhos e o marido. Quinta feira temos noite de poder com o Pastor Raimundo. Sábado, eu tomo a responsabilidade das crianças, adolescentes e jovens, desde as catorze e trinta, até as 19 horas. Fazemos todos um trabalho de resgatar as crianças e os adolescentes das ruas para eles verem que Cristo não é apenas teórico, é prático.
AF: Há uma preocupação da igreja com a formação destas crianças e jovens?
AF: A nossa missão, é precisamente, que os nacionais, os jovens, aqueles que vivem aqui no bairro, serem os futuros líderes e os que vão estar a frente deste trabalho. Aliás, neste momento, eles fazem quase tudo. Sábado, na parte da tarde, almoçam comigo e com a Cintia, estão a conviver conosco e damos formação constante.
AF: Como surgiu a “Sopa com amor”?
AF: Penso que isto surge no coração de Deus. E quando surge no coração de Deus, nós apenas temos que cumprir porque Ele nos capacita. E Ele nos capacita para muita coisa. E a sopa com amor, pensamos que muitas crianças que vem aqui, assistir ao sábado, não têm as melhores condições e então nos queremos dar uma coisa mais enriquecida, portanto é uma sopa bem forte, boa e é uma delicia.
AF: Que aspecto destaca, deste trabalho que faz aqui com crianças e jovens?
AF: O que eu posso destacar é a grande mudança da vida deles. A um ano, estas crianças eram uma coisa e hoje já são outra, totalmente diferente. Inicialmente, eu abraçava-as mas elas não correspondiam, porque não estão habituadas a um abraço, habituados a um carinho, não estão habituadas a estar ao colo e hoje tem comportamento completamente diferente. Quando me vêem, vem me abraçar, ficam ao meu colo. É espectacular a mudança deles e muitos deles já vêem Jesus como o grande herói e grande salvador da vida deles.
AF: O que pensa que deve ser feito para que haja transformação social na sociedade?
AF: Eu penso que a igreja tem se virado muito para a parte espiritual e ficando muito aquém a parte social. Nós temos que sair daquele quadrado de que nós estamos habituados. Tem que haver a parte espiritual, juntamente a parte social, nunca dissociadas. Jesus disse em Mateus 25, que iria honrar aqueles que lhe deram de comer, aqueles que lhe foram visitar as prisões, aqueles que lhe deram um copo de água. E o que os outros perguntaram, quando é que te vimos com sede, quando te vimos com fome? E Jesus respondeu, quando vocês fizeram à um destes pequeninos, a mim o fizestes.
AF: Para terminar uma mensagem aos cristãos de Angola.
AF: Faço menção, de que as igrejas, possam se virar mais para os pobres, porque Jesus esteve sempre com os pobres. Ele, viveu sempre a pensar nos outros. A minha vida só tem sentido quando eu vivo para Jesus e quando eu vivo para Jesus, automaticamente, eu vivo com aquele que é o meu próximo.

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