Duas mulheres grávidas morreram ao longo do mês em curso, na sala de partos da Maternidade Irene Neto do Lubango, pelo facto dos familiares não terem autorizado as equipas médicas a realizarem transfusões de sangue às parturientes, por motivos religiosos, informou a coordenadora dos programas de cuidados primários de saúde na província da Huíla.
Regina Maurícia disse ao Jornal de Angola que há muitas pessoas que levam à maternidade pacientes gestantes a necessitar de sangue mas que, por causa da crença religiosa, preferem assinar compromisso de morte. Explicou que o objectivo da transfusão de sangue, é salvar vidas, “Mas quando vem alguém da família a assumir um termo de responsabilidade, dizendo que não permitem a transfusão de sangue, alegando princípios religiosos, ficamos de mãos atadas.”
Solicitou a quem de direito, no caso o Ministério da Justiça, a prestar atenção especial à situação de não aceitação de transfusão sanguínea por membros da Igreja Testemunhas de Jeová.
Regina Maurícia disse que estão disponíveis bancos de sangue nos municípios do Cuvango, Quipungo, Caluquembe, Matala e Chipindo e na Maternidade Irene Neto, na Pediatria, no Hospital Central Dr. António Agostinho Neto e no Hospital Sanatório.
Fonte: JA
Artigos relacionados
-
Conferência Episcopal denuncia «pobreza assustadora» e pede declaração de estado de emergência nas regiões afetadas pela seca
-
Despedidos: Trabalhadores da ZAP Viva encerram actividades com oração
-
Novo decreto sobre calamidade pública reduz presença em cultos à 50% da capacidade dos templos
-
‘Muitas mulheres morrem sem confessar que se arrependeram de ter filhos’
-
Cantora gospel constrói escola e centro profissional para a juventude